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segunda-feira, 22 de abril de 2013


Texto Pedagógico
Dinâmicas
 1 - O que são
Dinâmicas são recursos metodológicos, que podem ser utilizados no processo do conhecimento, com ênfase em práticas participativas de aprendizagem.

2 - Para que servem
             As dinâmicas possibilitam:
- a participação dos componentes de forma individual e coletiva.
- a aplicação e reflexão da teoria com a prática.
- o aspecto lúdico.
- a aplicação do conhecimento.

3 - Elementos  das dinâmicas
Objetivo:
É aquilo que se deseja alcançar com a aplicação da dinâmica. O aplicador da dinâmica deve saber de forma clara o que deseja atingir com esta ferramenta de aprendizagem.
Materiais:
            São recursos que possibilitam a aplicação da dinâmica, que podem ser variados, desde os mais simples, como papel, caneta, bexigas etc, como também  Data-show, TV, DVD etc.
Procedimento:
            Refere-se aos passos a serem seguidos, de forma gradual e clara, para que haja uma condução a contento da dinâmica, atingido os objetivos.
            Veja no item “Critérios para escolha e aplicação de uma dinâmica” outros pontos a ser considerados.

4 – Classificação das dinâmicas
             As dinâmicas são classificadas de acordo com os objetivos a que se destinam, podendo ser de:
Apresentação: São aquelas que possibilitam a apresentação dos componentes do grupo, de forma variada e lúdica, promovendo socialização.
Quebra-gelo: Referem-se a momentos de quebra de seriedade, ambiente frio e impessoal, desfazendo as tensões e promovendo a descontração.
Integração/Inclusão: Estas dinâmicas trabalham a interação, a sociabilidade entre as pessoas do grupo, objetivando a participação e inclusão dos participantes.
Autoconhecimento: São aquelas que possibilitam ao participante o conhecimento de si mesmo.
Cooperação/Resolução de conflitos: Estas objetivam a solução de problemas através da cooperação entre os participantes.
Pedagógicas: Estas dinâmicas são específicas para a aplicação de temas pedagógicos, com objetivo de introduzir, revisar ou solidificar um assunto.
Religiosas/evangélicas/litúrgicas: São aquelas que proporcionam o estudo e vivências práticas sobre temas bíblicos.
Avaliativas: Referem-se a dinâmicas cujo propósito é realizar a avaliação, quer seja do indivíduo, do grupo, de um curso, de uma escola.
Recreativas: Estas proporcionam momentos divertidos, descontraídos com brincadeiras em espaço adequado. 

5 - Critérios para escolha e aplicação de uma dinâmica
Local: O ambiente deve ser adequado para a aplicação da dinâmica, observando a quantidade de participantes e o objetivo que se quer alcançar. Há dinâmicas que não precisam de um local reservado, podendo ser aplicadas no local da aula.
Quantidade de participantes: Ter conhecimento prévio do número de participantes é recomendável para que haja organização de espaço, tempo e material.
Tipo de participante: É importante saber a faixa etária, tipo de grupo etc. Nem toda dinâmica serve para todos os tipos de pessoas ou grupos. O aplicador deve adaptar a dinâmica para o tipo de participante que estará envolvido na atividade, observando também a situação e vivência do grupo.
Tempo de aplicação: É interessante que o aplicador saiba o tempo de duração da dinâmica, para que possa aplicá-la de forma gradual e controlar o tempo disponível.
Relação entre o Tema a ser desenvolvido e a dinâmica: Aplicar uma dinâmica requer que haja relação entre o assunto e a atividade, do contrário é trabalhar de forma inadequada e descontextualizada. Observar a adequação do tema com a dinâmica é fator de sucesso.

6- Como realizar uma dinâmica com sucesso
- Ter uma postura ativa, alegre e acreditar no que está realizando. São fatores essências ao aplicador, que, por consequência, estimulam os participantes ao ver o líder motivado.
- Conhecer o procedimento da dinâmica. Ler e compreender cada etapa são pontos essenciais, para que não haja atropelos, dificultando o andamento e a conclusão da atividade.
- Emitir de forma clara e segura aquilo que o participante deve realizar. As orientações emitidas devem ser bem entendidas pelos participantes, ao perceber alguma dificuldade ou ação errada, corrigir imediatamente, falando novamente a regra. Ser coerente com as etapas da dinâmica é muito importante.
- Utilizar bem o tempo de aula e da dinâmica. Evitar a seguinte situação: utilizar a dinâmica “se der tempo” no final da aula; é quase certo que não vai dar tempo, pois não foi pensada como estratégia para a aula.
- Destinar tempo no planejamento de aula para aplicação da dinâmica. Utilizar dinâmica na aula requer análise do momento em que pode ser realizada, ou no início, ou meio ou no final, dependendo do objetivo a que se propõe.
- Providenciar Local adequado, para dinâmicas que necessitam de local mais reservado e de ambientação específica.
- Preparação do material com antecedência, quando é requerido, observando a quantidade de participantes e espaço de realização, deixando-o disponível em local de fácil acesso.
- Adaptar a dinâmica para o tipo de aluno ou grupo ou situação. Ao ler e escolher uma dinâmica, é importante observar se há necessidade de adaptações; sendo assim, analisar as condições dos participantes e reorganizar algumas regras de acordo com o grupo, idade ou situação são ações requeridas para uma dinâmica dar certo, não perdendo de vista o objetivo da dinâmica e as etapas de realização.
            - Perguntar se alguém conhece a dinâmica é um cuidado que o aplicador deve ter. Pois, quando já é conhecida por alguém, a pessoa já sabe o procedimento e pode incorrer no deslize de revelar para o grupo o elemento surpresa do desfecho, perdendo assim a finalidade de sua aplicação. Então, solicitar que esta pessoa não informe para os demais participantes como a dinâmica é concluída.

            Por fim, resista à tentação de ministrar aulas unilaterais, aplicar uma dinâmica pode ser uma alternativa para promover aulas participativas, com ênfase na aprendizagem.
Por Sulamita Macedo.

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