RSS

segunda-feira, 17 de março de 2014

Juvenis - Currículo do Ano 2: A História da Igreja
Lição 12: O Avivamento da Rua Azusa

Professoras e professores, observem estas orientações:
1 - Antes de abordar o tema da aula, é interessante que vocês mantenham uma conversa informal e rápida com os alunos:
- Cumprimentem os alunos.
- Perguntem como passaram a semana.
- Escutem atentamente o que eles falam.
- Observem se há alguém necessitando de uma conversa e/ou oração.
- Verifiquem se há alunos novatos e/ou visitantes e apresentem cada um.
2 - Este momento não é uma mera formalidade, mas uma necessidade. Ao escutá-los, vocês estão criando vínculo com os alunos, eles entendem que vocês também se importam com eles.
3 - Após a chamada, solicitem ao secretário da classe a relação dos alunos ausentes e procurem manter contato com eles durante a semana, através de telefone ou email.
Os alunos se sentirão queridos, cuidados, perceberão que vocês sentem falta deles. Dessa forma, vocês estarão estabelecendo vínculos afetivos com seus alunos.
4 – Escolham um momento da aula, para mencionar os nomes dos alunos aniversariantes, parabenizando-os, dando-lhes um abraço, oferecendo um versículo.
5 – Fazendo o que foi exposto acima, somando-se a um professor motivado, associando a uma boa preparação de aula, com participação dos alunos, vocês terão bons resultados! Experimentem!
6 – Agora, vocês iniciam o estudo do tema.
- Falem: A lição de hoje tem como título “O Avivamento da Rua Azuza”.
Faço a indicação de leitura de um texto sobre o tema(postado abaixo).
- No decorrer do estudo da lição apresentem fotos que podem ser encontradas na internet, como estas abaixo:
Fotos



- Sugiro a apresentação do tema através do vídeo “Avivamento da Rua Azusa” pelo Pr. Lúcio Barreto Júnior, com 14 minutos de duração, que vocês encontram no YouTube.
 - Para finalizar, utilizem a dinâmica “Rua Azusa”.

Observação: Vejam abaixo uma sugestão para a finalização do trimestre.

Tenham uma excelente e produtiva aula!

Dinâmica: Rua Azusa
Objetivo: Refletir sobre a necessidade de avivamento atual.
Material:
01 folha de papel ofício para cada aluno.
01 caneta para cada aluno
01 cartaz com o endereço: Rua Azusa - 312 Los Angeles, Califórnia.
01 cartaz com o endereço da igreja que os alunos se congregam
O2 quadros ou outro de tipo de suporte para os cartazes
Procedimento:
- Organizem os alunos em duas filas, uma de frente para outra.
- Distribuam 01 folha de papel ofício e caneta para cada aluno.
- Peçam para que escrevam nesta folha o endereço da casa deles.
- Coloquem na ponta direita entre uma fila e outra um quadro com o seguinte endereço:
Rua Azusa - 312 Los Angeles, Califórnia.
- Coloquem na ponta esquerda entre uma fila e outra um quadro com o endereço da igreja que vocês se congregam.
- Perguntem: O que estamos vendo aqui?
Aguardem as respostas. Certamente, vão falar de uma “rua” com vários endereços.
- Falem: Esta “rua” tem um endereço muito importante referente ao avivamento que ocorreu nos Estados Unidos.
Perguntem: Como está o avivamento nos demais endereços?
Aguardem as respostas.
- Para finalizar, perguntem: O que nos falta para que o avivamento realmente aconteça no seu endereço?
Aguardem as respostas.
Por Sulamita Macedo.

Atividade para a conclusão do trimestre:
Opção 01:
No dia da lição 12, orientem os alunos para fazer em casa a seguinte atividade e trazer na próxima aula:
Elaborar uma carta do ponto de vista de uma pessoa que presenciou o avivamento. Eles podem utilizar o conteúdo das lições para esta atividade de forma objetiva, peçam para que usem a criatividade para a elaboração desta carta.
A carta deve ser endereça a turma. Distribuam 01 folha de papel ofício e 01 envelope para os alunos.
No dia da lição 13, os alunos devem ler a mensagem da carta para a turma.
Opção 02:
No dia da lição 13, elaborar um texto coletivo do ponto de vista de uma pessoa que presenciou o avivamento. Eles podem utilizar o conteúdo das lições para esta atividade de forma objetiva, peçam para que usem a criatividade para a elaboração deste texto.
Utilizem 01 folha de papel madeira e pincel atômico.

Indicação de Leitura
Avivamento Rua Azuza
Os historiadores que se ocupam do Avivamento Pentecostal no século 20, são unânimes em mencionar a Rua Azusa - 312 (Los Angeles, Califórnia), em 1906, como o centro irradiador de onde o avivamento se espalhou para outras cidades e nações. A Rua Azusa transformou-se em uma poderosa fogueira divina, aonde centenas e milhares de pessoas de todos os pontos da América, ao chegarem atraídas pelos acontecimentos e para ver o que estava se passando ali, eram batizadas com o Espírito Santo, e ao retornarem para suas cidades levavam essa chama viva que alcançava também outras pessoas.
Em 1905 Parham mudou-se para Houston, Texas, onde formou outra escola bíblica. Foi lá que recebeu como aluno William J. Seymour, um negro, cego de um olho e humilde. Apesar do preconceito racial do Sul, Seymour participou da escola e aprendeu sobre a “evidência inicial” do batismo no Espírito. Pregava sobre isto em outras igrejas, mas ele mesmo ainda não tinha recebido o batismo no Espírito com línguas. Seymour foi convidado por uma senhora que o ouvira pregar no Texas para estar ministrando em Los Angeles numa igreja de negros Holiness, e assim se tornou um dos instrumentos de Deus para fazer explodir um dos mais importantes avivamentos da história da igreja.
Seu primeiro sermão baseado em Atos 2:4 deixou a pastora furiosa com a implicação de que se ela não falara em línguas como os primeiros discípulos, então ela ainda não recebera a plenitude do Espírito. Na sua segunda noite de pregação Seymour encontrou a porta da igreja fechada por ordem da pastora que não queria ouvir mais sua mensagem. Sendo assim, ele e mais sete pessoas se reuniram num lar para buscar o Senhor, e naquela noite de 09 de abril de 1906 todos foram batizados no Espírito e falaram em línguas – menos Seymour. Os gritos eram tão fervorosos – e tão altos – que uma multidão se juntou do lado de fora indagando: “O que significa isto?” Logo foi propagado pela cidade que Deus estava derramando seu Espírito, pessoas brancas se juntaram às pessoas de cor e também foram cheias do Espírito. No dia 12 de abril o próprio Seymour teria sua experiência pentecostal com línguas.
Frank Bartleman era um evangelista Holiness que recebera notícias do avivamento em Gales ocorrido em 1904 e desde então dedicou sua vida para orar e publicar literatura conclamando outros a orar e buscar avivamento para Los Angeles. Ele entrou em contato com Seymour, que, por falta de espaço, alugara um velho galpão na Rua Azusa e então o fogo se alastrou.
Em um edifício de forma quadrangular, que anteriormente servira como armazém de cereais, passaram a se reunir milhares de homens e mulheres sedentos da graça divina, para interceder pela salvação dos pecadores e clamar por um avivamento. Todos estavam desejosos de vida abundante e de triunfo sobre o pecado.
O mover do Espírito na Rua Azusa foi tremendo, dizem que nos primeiros dias da “Missão Azusa”, tanto o céu como o inferno pareciam ter chagado à cidade. Os homens estavam a ponto de estourar e havia uma poderosa convicção sobre o povo em geral; as pessoas pareciam cair aos pedaços até na rua, sem nenhuma provocação. Quando o povo a atravessava, a dois ou três quarteirões de distância, era tomado pela convicção dos seus pecados, ali os demônios eram expulsos, doentes curados, muitos abençoados com salvação, restaurados e batizados com o Espírito Santo e com poder.
Na Rua Azusa não havia instrumentos musicais, o louvor era totalmente espontâneo; todos os hinos eram cantados de memória, e os hinários tradicionais não eram utilizados. W.J. Seymour era o líder, mas não havia papa nem hierarquia. Não havia plataformas nem púlpito, todos estavam no mesmo nível.
O pastor William Joseph Seymour, que servia nessa igreja, não era pregador eloqüente; porém, seu coração ardia de zelo pela pureza da Obra do Senhor e sua mensagem era vivificada pelo Espírito Santo. Ele pregava a Palavra de Deus, anunciava a promessa divina, o batismo com o Espírito Santo, e em seguida, voltando a sentar-se em sua cadeira no púlpito, colocava o rosto entre as mãos, e no decorrer dos trabalhos ele não parava de interceder, de pedir que Deus operasse de maneira extraordinária nos corações dos ouvintes. O que acontecia, então, é inexplicável: o poder de Deus caía sobre a congregação; a convicção das verdades divinas inundava os corações; o desejo de santidade dominava as almas; e, repentinamente, brotavam louvores dos corações; muitos eram batizados com o Espírito Santo, falavam em novas línguas; outros profetizavam; outros cantavam hinos espirituais. Almas sequiosas podiam ser encontradas sob o poder de Deus quase a qualquer hora, de dia ou de noite e o local nunca ficava fechado ou vazio.
A notícia desses acontecimentos foi anunciada em toda a cidade, inclusive nos jornais seculares, que imediatamente enviaram repórteres para observar e descrever os fatos. Os membros das várias igrejas, uns por curiosidade, outros por desejo de receber mais graça do céu, chagavam para ver com os próprios olhos aquele fenômeno. Muitos deles traziam consigo a opinião de que tudo aquilo não passava de obra de fanáticos, porém, todos saíam convencidos de que era um movimento divino, e transformavam-se em testemunhas e propagandistas do Movimento Pentecostal que se iniciara naquela ruazinha em Los Angeles.
Em pouco tempo os grandes centros urbanos norte-americanos foram alcançados pelo avivamento. Uma das cidades que mais se destacaram e se projetaram no Movimento Pentecostal foi Chicago. As boas novas do avivamento alcançaram, praticamente, todas as igrejas evangélicas da cidade. Em algumas, houve oposição da parte de uns poucos crentes, porém o avivamento triunfou, pois, além de outras características que o recomendavam, ele se destacava pelo espírito evangelístico e pelo interesse que despertava para o evangelismo de outros povos, ou seja: cada um que se convertia, transformava-se também em um missionário.
A partir de Azusa o fogo do avivamento espalhou-se por todo o país dos Estados Unidos, através de todo o território americano centenas de congregações independentes eram formadas da noite para o dia.
Muitos missionários vieram de vários continentes para experimentar o seu próprio pentecostes e levar o avivamento para seus países, outros foram influenciados por grupos de outros lugares dos Estados Unidos que tinham tido contato com Azusa. Por exemplo, dois imigrantes suecos, Daniel Berg e Gunnar Vingren, participaram em Chicago de uma reunião de oração com alguns amigos e foram cheios do Espírito Santo. Lá receberam uma profecia de que seriam enviados para algum lugar no mundo chamado “Pará” e assim foram encaminhados miraculosamente para o Brasil em 1910, onde fundaram a Igreja Assembléia de Deus,quatro anos antes das Igrejas Assembléias de Deus dos Estados Unidos serem organizadas.
Thomas Ball Barratt, um ministro metodista na Noruega, ficou conhecido como o “apóstolo do pentecoste” para a Europa. Em viagem aos Estados Unidos, na cidade de Nova Iorque, ouviu sobre o avivamento Azusa e pensou que teria de ir a Los Angeles para receber o batismo. Enquanto esperava para viajar, decidiu buscar a experiência, orando até 12 horas por dia, e recebeu o batismo no Espírito ali mesmo em Nova Iorque, em outubro de 1906. Em dezembro de 1906 Barratt retornou a Oslo, Noruega, onde alugou um ginásio com 2.000 lugares para realizar as primeiras reuniões pentecostais da Europa. Em pouco tempo, Barratt se estabeleceu como o profeta do pentecostalismo europeu. Visitando-o e recebendo seu próprio batismo no Espírito estiveram pastores da Suécia, Inglaterra e Alemanha.
O mover pentecostal chegou ao Brasil no início do século XX. A Congregação Cristã no Brasil surgiu em março de 1910 fundada por Luigi Francescon, um italiano de quarenta e quatro anos, dirigente de comunidades pentecostais que veio morar em São Paulo, depois de ter vivido algum tempo nos Estados Unidos. A cidade paranaense de Santo Antonio da Platina foi o berço dessa igreja pentecostal, que depois se tornou uma seita.
No dia 18 de junho de 1911, foi fundada a Assembléia de Deus no Brasil pelos missionários suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren. Durante três décadas essas foram as principais denominações pentecostais do Brasil, elas pregavam a cura divina e o dom do Espírito Santo e criam nessas verdades. Em 1940 surge a Igreja Evangélica Avivamento Bíblico, fundada por jovens seminaristas brasileiros, que a princípio era um movimento interdenominacional de oração e busca de avivamento espiritual, depois acabou se tornando um marco no desenvolvimento pentecostal do Brasil.
Muitas denominações nasceram após este avivamento, tais como: Igreja do Evangelho Quadrangular (1951), Igreja Pentecostal “O Brasil Para Cristo” (1956), Igreja Metodista Wesleyana (1967), Igreja Pentecostal Deus é Amor (1962), etc.
A ênfase do Movimento Pentecostal eram línguas como evidência do batismo no Espírito e poder para pregar o evangelho para o mundo inteiro, pois criam na iminente volta de Jesus. Por isso desde o início os líderes não viam necessidade de formar qualquer organização eclesiástica, pois eles mesmos já haviam se desiludido e sido perseguidos pelas denominações que rejeitaram o mover do Espírito. Mas com o passar dos anos o movimento entrou em perigo de caos com muitas divisões sobre doutrina (e até heresias) e desonestidade financeira.
Durante os anos 20 e 30, apesar do esfriamento do Movimento Pentecostal, Deus continuou a operar e ministérios poderosos foram levantados. Entre eles estão Aimee Semple MacPherson (fundadora da Igreja do Evangelho Quadrangular), Smith Wigglesworth (o “Apóstolo da Fé”) e Charles Price (um conhecido pastor tradicional convertido numa campanha de Aimee Semple MacPherson que se tornou um famoso pregador pentecostal com um ministério profético e de cura).
Autor: João Paulo Fidelis

0 comentários: