Juvenis Currículo 2022/2023: Sal e Luz no Mundo - Uma Igreja Relevante
Lição 11: A Igreja e os
Julgamentos
1 - Antes de abordar o tema da
aula, é interessante que vocês mantenham uma conversa informal e rápida com os
alunos:
- Cumprimentem os alunos.
- Perguntem como passaram a
semana.
- Escutem atentamente o que eles
falam.
- Observem se há alguém
necessitando de uma conversa e/ou oração.
- Verifiquem se há alunos
novatos e/ou visitantes e apresentem cada um.
2 – Agora, trabalhem o conteúdo
da lição. Vejam as sugestões abaixo:
Vocês já sabem que a aula expositiva ou Preleção é
um método que está centralizado na oralidade por parte do professor.
Entretanto, esta unilateralidade da exposição não é boa, tendo em vista que
somente o professor fala e os alunos escutam, escutam, escutam... tendem a se dispersar
e a aprendizagem fica comprometida.
Por isso, recomendo que vocês, busquem a participação
dos alunos nas aulas.
Para isso é importante que você apresente estratégias que
estimule a participação dos alunos, valorize o conteúdo, reforce as aplicações
e facilite a aprendizagem. Portanto, para não perder de vista o alvo da lição,
use a criatividade, apresente domínio da matéria e observe se os alunos estão
entendendo o assunto. Só assim você saberá adaptar as sugestões apresentadas
aqui.
- Apresentem o título da lição: A Igreja e os Julgamentos. Vocês podem escrevê-lo no quadro.
Quadro e marcador para quadro
branco são recursos didáticos.
- Lembrem-se que ao trabalhar o conteúdo da lição,
vocês devem oportunizar a participação do aluno, envolvendo-o através de
exemplos e situações próprias de sua idade. Dessa forma, vocês estão
contextualizando o tema com a vida do aluno, além de promover uma aprendizagem
mais significativa.
Ao trabalhar o conteúdo da
lição, escrevam no quadro branco palavras-chave para chamar a atenção do
aluno, utilizando lápis de cores diferentes.
- Para ilustrar o tema da aula, utilizem a dinâmica
“O Caso Miguel”.
Tenham uma excelente e produtiva
aula!
Dinâmica: O Caso Miguel
Objetivo:
Exemplificar através de uma história o mau julgamento que
fazemos dos outros.
Material:
07 pessoas para ler o relato sobre Miguel: padeiro(Manoel), a
mãe, o trocador do ônibus, o vendedor da lanchonete, o porteiro, o faxineiro e
Miguel
02 cópias do texto “O Caso de Miguel”(postado após a dinâmica).
O1 cópia deverá ser cortada, separando a fala de cada personagem. A outra deve
ficar com o professor.
01 quadro ou 01 cartolina
01 marcador para quadro branco ou um pincel atômico
Procedimento:
- Escolham 07 pessoas para ler o relato sobre Miguel:
padeiro(Manoel), a mãe, o trocador do ônibus, o vendedor da lanchonete, o
porteiro, o faxineiro e Miguel.
- Coloquem uma identificação em cada pessoa com o nome do
personagem que vai representar.
- Entreguem para cada personagem a parte do texto que se
refere ao que ele deve ler.
Estas partes devem estar numeradas de 01 a 07, para que eles
saibam qual sua vez de falar.
- Falem para a turma: Vamos escutar o que estas pessoas
pensam e falam sobre Miguel.
Quem é Miguel de acordo com o que acabamos de escutar?
Miguel é muito problemático?
O que está acontecendo com Miguel?
- Façam um pequeno relato sobre quem é Miguel do ponto de
vista da turma, utilizando o quadro ou uma cartolina.
- Por fim, Miguel deve ler sua parte.
- Para concluir, perguntem:
Depois de apresenta a versão de Miguel para os fatos,
perguntem qual a razão das pessoas terem uma visão diferente de Miguel?
Aguardem as respostas.
- Depois, questionem: Nós também estamos julgando as pessoas?
Somos também julgados?
- Para finalizar, falem que é muito precipitado julgar os
outros pela aparência, pelas atitudes. A Bíblia condena esta prática.
Por Sulamita Macedo.
Texto da dinâmica
Caso Miguel
Relato do padeiro:
Esse menino não é muito
certo da bola não. Ás vezes, cumprimenta a gente,o utras vezes parece que nunca
me viu. Tem dias até que puxa um dedinho de prosa comigo, e ainda faz
comentários do jogo da véspera. Quando procuro por ele, para continuar o
assunto, já não está mais lá. Ontem chegou aqui de cara amarrada, com os olhos
vermelhos!…
Não sei, não!… Acho que
ele se droga…
Pediu 1 litro de leite e
2 pãezinhos e se mandou. Ele é muito esquisito!!! Coitada da mãe dele!!! Deve
sofrer!!!
Relato da mãe:
Naquela manhã, Miguel
acordou cedo, não quis tomar café. Nem ligou para o bolo que eu havia feito
especialmente para ele. Não quis vestir o casaco que eu lhe dei. Disse que
estava com pressa e reagiu com impaciência aos meus pedidos para que se
alimentasse e se agasalhasse! Ele continua uma criança que precisa de cuidados
o tempo todo. Ele já tem 14 anos, mas não tem noção do que é bom para ele.
Relato do Trocador de
Ônibus:
Naquela manhã de sábado,
entrou no ônibus um rapaz com toda a pinta de pivete. Cara fechada, de mal com
o mundo, meio nervoso. Fiquei de olho nele, esperando que assaltasse alguém.
Levava uma sacola de plástico com, provavelmente, aquilo que ele já havia
roubado antes. Olhava o tempo todo para o relógio, como se estivesse admirando
o que roubou. Essa juventude de hoje!!! O mundo está mesmo perdido!!! Fiquei
aliviado quando ele desceu, sem ter conseguido assaltar ninguém. Também
pudera!!! Ele sentia que eu estava o tempo todo de olho nele!!!
O vendedor da
lanchonete:
Logo de manhã, apareceu
um garoto quando ainda estávamos abrindo a loja… Parecia um doido!! Queria, por
que queria, que tudo parasse e ele fosse logo atendido. Queria o hambúrguer
para ontem!!! Ora, bolas! Como se eu fosse o empregado dele! Não era muito
normal, não! Ficava andando de um lado para o outro, olhando o relógio, falando
sozinho…!
O porteiro:
Esse garoto está sempre
afobado! Fala com a gente e mastiga o sanduíche ao mesmo tempo!! Engraçado que
está sempre atrás do mesmo garoto! “Cadê o Zé? Você viu o Zé? Pra onde foi o
Zé?” Ihh, não sei não! Parece coisa de boiola, sempre atrás de homem!
Relato do faxineiro:
Ah! Eu sabia! Não é de
hoje que eu desconfiava desse pilantra!! Peguei ele no flagra!!!
Desde que me falaram que
tem gente roubando coisas no vestiário, eu fiquei de olho, né? Ninguém presta
atenção num faxineiro… Então fica mais fácil, e não deu outra!
Como quem não quer nada,
eu estava lá enrolando na limpeza do vestiário, varrendo, mas prestando muita
atenção no movimento. Foi quando entrou aquele garoto, olhando para todos os
lados, mais para ver se alguém podia ver o que ele ia fazer… Para ele, eu não
existia, seu olhar passava direto por mim. Quando ele tirou as chuteiras
roubadas do saco plástico, eu não tive dúvida! Botei a boca no trombone,
comecei a gritar!!!
Socorro, ladrão!! Pega
ladrão, pega ladrão!!!
Versão do Miguel:
Eu só penso em futebol.
Fico pensando, a semana inteira, nas peladas do final de semana, nos treinos
que eu assisto, do meu timão do coração, lá na Gávea. Zico é o meu maior ídolo!
Tu não sabe o que aconteceu, ontem, lá na Gávea, meu amigo Zé veio me avisar
que o próprio Zico estaria lá, no dia seguinte, testando a galera para formar
como jogador de futebol no seu time. Fique logo bolado e lógico que eu queria
ser testado também, né!? Perguntei pro Zé se eu podia comparecer e ele disse
que era só chegar com chuteiras, (óbvio), cópia da certidão de nascimento e 1
retrato. E, principalmente que chegasse na hora certa, sem me atrasar, por que
o Zico é rigoroso pacas quanto ao horário.
Meu irmão, nem dormi
direito esta noite. Acho que era ansiedade, dormi mal pra caramba!!! Fique só
pensando, imagina, ver o Zico de perto, jogar bola com ele, isso é meu sonho!
Muito show, imagina só, você não está entendendo, o Zico como meu treinador,
isso é demais!
Ao me levantar, depois
de uma noite horrível, fui comprar o leite e o pão para a mamãe. Detesto chegar
na birosca do Seu Manoel e ver, sempre, aquela gente bebendo desde de manhã.
Acho até que nem foram pra casa dormir ainda! Quando eu chego lá e esse pessoal
está lá também, compro as paradas e saio fora rapidinho. Eu gosto do Seu
Manoel, pena que ele não pode escolher pra quem vai vender, até por que ele
precisa ganhar dinheiro... Mas é sinistro essa galera que só fica bebendo, nada
haver. Quando tá vazio até dou uma parada pra trocar uma ideia com ele, mas
isso é tão raro!
Deixei o leite e o pão
na cozinha. Peguei minhas chuteiras e meti o pé pra não me atrasar. Ouvi a
mamãe resmungando pra comer bolo e botar o casaco, maior sol lá fora, e eu nem
estava visando comer em casa, sou mais o Mc Donald’s do que o bolo. Coitadinha!
Ela sempre faz esse bolo, mas é que hoje estou com pressa mesmo!
O ônibus, pra variar,
demorou pra caramba! Já estava boladão! Cara, se houver trânsito, não vai nem
dar pra eu comer alguma coisa. Tenho até medo de passar mal no treino. Eu
estava tão ansioso que toda hora olhava no relógio, como se pudesse parar o
tempo.
Finalmente desci do
ônibus e deu tempo de eu tirar um rango. Fui na lanchonete ali do lado, rezando
pra alguém me servir logo, por que eu não podia me atrasar. O pior de tudo é
que o único vendedor, naquela hora, era uma lesma! Acho até que estava fazendo
de propósito.
Ufa! Consegui chegar no
clube na hora! Perguntei para o porteiro se ele havia visto o Zé, meu amigo. Ele
disse que o Zé já tinha chegado e que devia estar no vestiário. Fui voando pra
lá, olhando para todos os lados, vendo se encontrava o Zé. Entro no vestiário e
só quem estava lá dentro era aquele faxineiro fofoqueiro que eu detesto. Tá
sempre rondando, parece um carrapato pegajoso!… E adora puxar o saco do
pessoal! Deve achar que vai levar uma graninha com isso. Mas aí que rolou a
parada, do nada, quando resolvi me trocar e procurar o Zé depois, o maluco
começou a gritar:
– Socorro! Ladrão! Pega
ladrão!
Nem sei qual foi, mas
quando fui ver ele estava apontando pra mim! Que sufoco! Me ferrei todo, mas
consegui provar que eu estava limpo.
Finalmente, o incidente
saiu melhor que a encomenda. Zico soube do ocorrido, e cada vez que me olhava
começava a rir, imaginando a situação. E foi assim que fui notado e consegui
ficar entre os escolhidos.
Autoria do texto
desconhecida.
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