Juvenis -
Currículo do Ano 2: Ética cristã para a juventude
Lição 06: A Ética cristã e o bullying
Professoras
e professores, observem estas orientações:
1
- Antes de abordar o tema da aula, é interessante que vocês mantenham uma
conversa informal e rápida com os alunos:
- Cumprimentem os alunos.
- Dirijam-se aos alunos, chamando-os pelo nome,
para tanto é importante uma lista nominal para que vocês possam memorizar.
- Perguntem como passaram a semana.
- Escutem atentamente o que eles falam.
- Observem se há alguém necessitando de uma
conversa e/ou oração.
- Verifiquem se há alunos novatos e/ou visitantes e
apresentem cada um.
2 - Este momento não é uma mera formalidade, mas
uma necessidade. Ao escutá-los, vocês estão criando vínculo com os alunos, eles
entendem que vocês também se importam com eles.
Outro fator importante para estabelecer vínculos
com os alunos é através das redes sociais, adicionem os alunos e mantenham
comunicação com eles.
3 - Após a chamada, solicitem ao secretário da
classe a relação dos alunos ausentes e procurem manter contato com eles durante
a semana, através de telefone ou email ou pelas redes sociais, deixando uma mensagem “in box” dizendo que sentiu falta
dele(a) na EBD).
Os alunos se sentirão queridos, cuidados,
perceberão que vocês sentem falta deles. Dessa forma, vocês estarão
estabelecendo vínculos afetivos com seus alunos.
4 – Escolham um momento da aula, para mencionar os
nomes dos alunos aniversariantes, parabenizando-os, dando-lhes um abraço,
oferecendo um versículo.
5 – Fazendo o que foi exposto acima, somando-se a
um professor motivado, associando a uma boa preparação de aula, com
participação dos alunos, vocês terão bons resultados! Experimentem!
6
– Agora, trabalhem o conteúdo da lição. Vejam as sugestões abaixo:
-
Escrevam no quadro o tema da aula: A
Ética cristã e o bullying.
-
Para introduzir o estudo do tema, utilizem a dinâmica “Discriminação, não!”
Depois
trabalhem o conteúdo da lição, de forma mais específica, contextualizando a
vivência dos alunos. Deixem que eles falem se já sofreram ou estão sofrendo
algum tipo de discriminação na escola, na Igreja ou em outros lugares.
Lembrem
aos alunos que se porventura estão sendo discriminados, os pais precisam ter
conhecimento, além dos professores e outras pessoas que eles têm confiança,
para que sejam tomadas as devidas providências.
-
Sugiro a leitura do texto sobre Bullying, no momento da preparação da aula(vejam
a postagem abaixo).
Tenham uma excelente e produtiva aula!
Dinâmica:
Discriminação, não!
Objetivo: Exemplificar que atos de discriminação devem ser
combatidos e denunciados.
¼ da folha de papel ofício e caneta para cada
aluno.
Procedimento:
- Organizem os alunos em círculo.
- Distribuam ¼ da folha de papel ofício.
- Solicitem para que cada aluno escreva o que ele
deseja que seu colega do lado esquerdo realize, naquele momento da aula.
Normalmente as ações são engraçadas e até “micos”.
Veja um exemplo: Maria deve fazer tal coisa. João(
nome da pessoa que está escrevendo).
Orientem que o colega não pode ver o que o aluno
está escrevendo.
- Recolham todos os papéis.
- Agora, falem: A regra da brincadeira está mudada,
o “feitiço virou contra o feiticeiro”. Quem vai realizar a tarefa é a pessoa
que escreveu e não o colega para quem você desejou.
- Então, os alunos deverão realizar as tarefas.
Certamente, haverá um pouco de rejeição ou
vergonha, mas encorajem os alunos.
- Depois, falem: Esta é a finalidade da
brincadeira: não desejar aos outros ou fazer algo com os outros, que você não
gostaria para você.
- Então, comecem a trabalhar os temas da
indiferença, discriminação, Bullying, falta de respeito.
- Falem: Comece por você, não discriminando
ninguém. Faça a diferença!
- Para concluir, leiam:
“E, como vós quereis que os homens vos façam, da
mesma maneira lhes fazei vós também” Lc
6.31
Ou se preferir a versão NTLH: “Façam aos outros a
mesma coisa que querem que eles façam a vocês”.
Ideia original desta técnica desconhecida
Esta versão da dinâmica por Sulamita Macedo.
Indicação de
Leitura
Leiam este texto sobre Bullying, no momento da
preparação da aula:
Bullying
é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as
formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas,
que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos,
causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa
sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de
uma relação desigual de forças ou poder.
O
bullying se divide em duas categorias: a) bullying direto, que é a forma mais
comum entre os agressores masculinos e b) bullying indireto, sendo essa a forma
mais comum entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento
social da vítima. Em geral, a vítima teme o(a) agressor(a) em razão das ameaças
ou mesmo a concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios
de subsistência.
O
bullying é um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente qualquer
contexto no qual as pessoas interajam, tais como escola,
faculdade/universidade, família, mas pode ocorrer também no local de trabalho e
entre vizinhos. Há uma tendência de as escolas não admitirem a ocorrência do
bullying entre seus alunos; ou desconhecem o problema ou se negam a
enfrentá-lo. Esse tipo de agressão geralmente ocorre em áreas onde a presença
ou supervisão de pessoas adultas é mínima ou inexistente. Estão inclusos no
bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas.
As
pessoas que testemunham o bullying, na grande maioria, alunos, convivem com a
violência e se silenciam em razão de temerem se tornar as “próximas vítimas” do
agressor. No espaço escolar, quando não ocorre uma efetiva intervenção contra o
bullying, o ambiente fica contaminado e os alunos, sem exceção, são afetados
negativamente, experimentando sentimentos de medo e ansiedade.
As
crianças ou adolescentes que sofrem bullying podem se tornar adultos com
sentimentos negativos e baixa autoestima. Tendem a adquirir sérios problemas de
relacionamento, podendo, inclusive, contrair comportamento agressivo. Em casos
extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio.
O(s)
autor(es) das agressões geralmente são pessoas que têm pouca empatia,
pertencentes à famílias desestruturadas, em que o relacionamento afetivo entre
seus membros tende a ser escasso ou precário. Por outro lado, o alvo dos
agressores geralmente são pessoas pouco sociáveis, com baixa capacidade de
reação ou de fazer cessar os atos prejudiciais contra si e possuem forte
sentimento de insegurança, o que os impede de solicitar ajuda.
No
Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com alunos de escolas públicas e
particulares revelou que as humilhações típicas do bullying são comuns em
alunos da 5ª e 6ª séries. As três cidades brasileiras com maior incidência
dessa prática são: Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.
Os
atos de bullying ferem princípios constitucionais – respeito à dignidade da
pessoa humana – e ferem o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que
cause dano a outrem gera o dever de indenizar. O responsável pelo ato de
bullying pode também ser enquadrado no Código de Defesa do Consumidor, tendo em
vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por
atos de bullying que ocorram dentro do estabelecimento de ensino/trabalho.
Orson Camargo
Colaborador Brasil Escola, Graduado em Sociologia e
Política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP, Mestre em
Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
http://www.brasilescola.com/sociologia/bullying.htm
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