Texto
Pedagógico
Inclusão na Escola Bíblica Dominical
A
Educação Inclusiva está fundamentada no direito ao acesso a escola para todos e
no respeito às diferenças. O olhar para o aluno com deficiência deve ser de um
sujeito capaz de responder as exigências do meio de acordo com as condições que
lhe são oferecidas e com a maneira particular que lhe é específica.
O evangelho anunciado por Jesus era inclusivo. Jesus demonstrou
amor pelos portadores de deficiência, curando-os, pregando a salvação e
ensinando os valores do reino. A igreja
precisa divulgar o evangelho para todos, incluindo os deficientes, cumprindo o
ide de Jesus: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura”(Marcos 16:15 – grifo
nosso).
A
inclusão de pessoas portadoras de deficiência pode e deve ser praticada nas
classes de Escola Dominical. Que
atitudes devem ser observadas para a inclusão do aluno com deficiência na EBD? Observe
estes itens:
-
Não rejeitar o aluno com deficiência;
-
Acolher e integrar o aluno, procurando socializa-lo com os demais colegas;
-
Falar para os alunos que nós somos diferentes um dos outros e falar sobre mais
uma diferença – a deficiência;
- Não
se desesperar ao tomar conhecimento de que há na classe um aluno com
deficiência;
-
Fala com a família do aluno com deficiência sobre o comportamento dele, como
reagir em situações inesperadas e aprendizagem;
-
Procurar ajuda com quem já possui experiência nesta área;
-
Ler sobre a deficiência do aluno e como ele aprende;
- Não
ficar preso ao diagnóstico, a deficiência, ao problema;
- Entender
que o aluno com deficiência intelectual aprende de forma diferente, mas
aprende;
-
Observar como o aluno aprende e fazer as intervenções, adaptando as atividades
da aula;
- Organizar
o planejamento de aula, com atividades para todos os alunos, inclusive para o
portador de necessidade educativa especial.
Atentem
agora para as atitudes que não podem ser
aceitas por parte do professor, coordenador etc.:
- Rejeitar
o aluno;
- Aceitar
o aluno e fazer de conta que ele é invisível;
- Deixar
que os outros alunos coloquem apelidos ou fazer imitações relacionadas a
deficiência;
- Superproteger
o aluno com deficiência;
- Não
planejar atividades para o tipo de deficiência;
- Falar
que o aluno deficiente não aprende, que ele não sabe.
Um
aluno com deficiência física aprende como outro aluno sem deficiência, se ele
não tiver comprometimento mental. A dificuldade do aluno será certamente a
locomoção e a coordenação motora. Para melhor atender ao cadeirante é
importante que a acessibilidade esteja adequada, para que não haja barreiras
arquitetônicas que dificultem ou impeçam seu acesso às dependências da igreja.
Caso
o aluno tenha deficiência intelectual, ele também aprenderá da forma que lhe é
possível. Conteúdo abstrato é um fator de dificuldade para quem tem
comprometimento cognitivo. O professor deve exemplificar o assunto com
situações do cotidiano para favorecer a compreensão.
O
aluno com deficiência auditiva se comunica com gestos ou Libras(Língua
Brasileira de Sinais) ou pela leitura
labial do interlocutor. Se ele for oralizado, o professor deverá falar de
frente para o aluno e articular bem as palavras.
O
aluno com deficiência visual total ou parcial requer do professor o cuidado de
detalhar o conteúdo e falar o que está contido nos recursos visuais, como mapa,
cartaz, filme etc. O ideal seria o uso do Sistema Braille que serve para a escrita
e leitura, uma linguagem em código, aceita mundialmente.
Como
o professor deve agir, caso deseje exibir um filme e em sua classe há
portadores de deficiência auditiva e visual?
O filme requer o uso da visão e da audição, há uma recomendação a ser
observada quanto à presença de alunos com necessidades especiais, no caso dos
deficientes auditivos(surdos) e dos deficientes visuais(cegos), para que eles
sejam incluídos no processo da aula.
Com alunos surdos na sala, o ideal é escolher
filmes legendados, se ele for alfabetizado na segunda língua(Português). Se for
alfabetizado em Libras(primeira língua), é interessante a presença de um
intérprete. Mesmo que o surdo seja oralizado, fazer uso da leitura labial no
filme é quase impossível, pois os atores não falam de frente para o ouvinte e
de forma pausada.
Com
a presença de alunos cegos ou de baixa visão, fazer um resumo oral ou em
Braille do que vai ser exibido, detalhando imagens mais importantes de forma
que ele entenda.
A
igreja além de evangelizar os deficientes, também deve se organizar para
discipular aqueles que aceitam a Cristo. A Escola Dominical é o espaço ideal
para o ensino da Palavra de Deus, pois o recém-convertido participará de uma
classe específica. Os professores devem estar preparados para receber e ensinar
os alunos que tenham ou não deficiência. Mãos a obra!
Por Sulamita Macedo.
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