Indicação
de Leitura para a Lição 09 de Juvenis: Acharam a Arca de Noé?
AS DEZ MAIORES
DESCOBERTAS DA ARQUEOLOGIA BÍBLICA
O
educador evangélico estadunidense Walter Kaiser Jr. (1933- ) enumerou uma sequência
de descobertas como sendo as dez mais importantes da Arqueologia Bíblica.
I. Os Amuletos de Ketef Hinnom (1979), contendo o mais antigo
texto do Antigo Testamento (séc. VII-VI a.C.), descoberto por um arqueólogo
bíblico, o húngaro-israelense Gabriel Barkay (1944- )
Entre
1975 e 1980, Gabriel Barkay descobriu alguns sepulcros em Ketef Hinnom, um
sítio arqueológico perto de Jerusalém, com uma série de câmaras funerárias
cortadas na pedra, em cavernas naturais. O local parecia ser arqueologicamente
estéril e tinha sido usado para armazenar armamento durante o período otomano.
A maior parte daqueles sepulcros tinha sido saqueada há muito, mas felizmente o
conteúdo de Câmara 25 foi preservado devido a um aparente desabamento parcial
do teto da caverna, ocorrido também muito tempo antes. O sepulcro foi datado
como entre os séculos VII e VI a.C., antes do exílio. O sepulcro continha
restos de esqueletos de 95 pessoas, 263 vasos de cerâmica inteiros, 101 peças
de joalheria, entre elas 95 de prata e 6 de ouro, muitos objetos esculpidos de
osso e marfim e 41 pontas de flechas de bronze ou de ferro. Além disso, havia
dois pequenos e curiosos rolos de prata, sendo que um deles tinha cerca de uma
polegada de comprimento e menos de meia polegada de espessura, enquanto que o
outro tinha meia polegada de comprimento e um quinto de polegada de espessura.
Admitiu-se que esses rolos fossem usados como amuletos e que contivessem alguma
inscrição. O processo ultradelicado, desenvolvido para abrir os rolos de papel
sem que os mesmos se desintegrassem, levou três anos. Quando os rolos foram
abertos e limpos, a inscrição continha porções de Números 6:24-26: O Senhor te
abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti... e te dê
a paz. Esta inscrição é uma das mais antigas e melhor preservadas contendo o nome
do Deus Israelita: YHWH ou Jeová. Os chamados de Amuletos de Ketef Hinnom, na
realidade dois rolos de papel de prata minúsculos achados na câmara funerária
25 da caverna 24 de Ketef Hinnom, contêm a mais antiga inscrição bíblica (~600
a. C).
II. O Papiro de John
Rylands, redescoberto
(1934) por C. H. Roberts na Biblioteca John Rylands (1801-1888) em Manchester,
Inglaterra.
Conhecido
como o mais antigo texto escrito do Novo Testamento (125).
III. Os Manuscritos do
Mar Morto (1947),
casualmente descobertos por um grupo de pastores de cabras.
Na
sua maioria, escritos antes da era cristã e guardados em rolos, dentro de
vasilhas de barro.
IV. A Pintura Mural
Tumba de Beni Hasan
(1923), Tebas, uma pintura mural da tumba de um nobre em Beni Hasan, Egito, que
data do tempo de Abraão ( ~ XIX a. C.)
A
descoberta revelou como era a cultura patriarcal por volta de dois anos antes
de Cristo.
V. A Estela de Tel Dã (1993), cuja descoberta provou, sem
sombra de dúvidas, a existência do rei Davi (1015-975 a. C.) e seu reinado.
Placa
comemorativa sobre conquista militar da Síria sobre a região de Dã. A inscrição
traz de modo bem legível a expressão "casa de Davi", que pode ser uma
referência ao templo ou à família real. O mais importante, todavia, é que
menciona, pela primeira vez fora da Bíblia, o nome de Davi, indicando que este
foi um personagem real. Esta descoberta também fez a mídia admitir que a Bíblia
pode ser tomada como fonte de documentação histórica.
VI. O Tablete 11 (1872) do épico de Gilgamés,
descoberto pelo arqueólogo bíblico e assiriologista inglês George Smith
(1840-1876).
A
descoberta deste documento provou a antiguidade do relato do dilúvio.
VII. A Fonte de Giom, a Ha Gihon (1833), mencionado em 2
Samuel 2:13 e Jeremias 41:12, pesquisada pelo arqueólogo estadunidense Edward
Robinson.
A
Inscrição de Siloé é uma passagem de texto inscrito, encontrada originalmente
no Túnel de Ezequias, aqueduto que supria água da Fonte de Giom para a piscina
de Siloé na parte leste de Jerusalém. Descoberto (1880), a inscrição registra a
construção do túnel no século VIII a.C. Encontra-se entre os registros mais
antigos escritos na língua hebraica, usando-se o alfabeto Paleo-Hebrew.
VIII. O Selo de Baruque (1975), descoberta que provou a
existência do secretário e confidente do profeta Jeremias.
O
profeta Jeremias durante os últimos anos do reino de Judá, profetizou o exílio
e o retorno dos judeus, eles teriam que aceitar o jugo de Babilônia e não
resistir. Ele foi encarcerado, ameaçado de morte e posto como falso profeta e traidor.
Jeremias, nomeou Baruque, o filho de Nérias, seu escriturário. Foram encontrados em uma loja de antiguidades
em Jerusalém alguns pedaços de barro marcados com um selo. Dentro desta coleção
há duas peças que acredita-se ter pertencido a Baruque. Em exibição no Museu de
Israel em Jerusalém, nas três linhas lê-se: Berekhyauhuh, o filho de
Neriyauhuh, o escriturário.
IX. O Palácio de Sargão
II (1843), rei da
Assíria mencionado em Isaías 20:1, descoberto por Paul Emile Botta (1802-1870)
A
existência do Palácio de Sargão II foi posta em dúvida por historiadores por
muitos séculos até essa descoberta (1843), que pois fim a negação histórica da
menção bíblica feita em Isaías 20:1.
X. O Obelisco Negro de
Salmaneser (1845), um
artefato que o arqueólogo Austen Henry Layard (1817-1894) encontrou, na antiga
cidade de Nínive.
Assim
chamado um dos mais antigos artefatos arqueológicos a se referir a um
personagem bíblico: o rei hebreu Jeú, que viveu cerca de nove séculos antes de
Cristo. Assim como o prisma de Taylor, ambos são artefatos que mostram duas
derrotas militares de Israel. Este artefato mostra um desenho do rei Jeú
prostrado diante de Salmaneser III, oferecendo tributo a ele e encontra-se
preservado, agora, no Museu Britânico, em Londres. O segundo descreve o cerco
de Senaqueribe a Jerusalém, citando textualmente o confinamento do rei
Ezequias.
Outras descobertas
significantes:
1 - Inscrição de Siloé – Encontrada acidentalmente por
algumas crianças que nadavam no tanque de Siloé. Essa antiga inscrição hebraica
marca a comemoração do término do túnel construído pelo rei Ezequias, conforme
o relato de 2 Crônicas 32:2-4.
2 - Textos de Balaão – Fragmentos de escrita aramaica
encontrados em Tell Deir Allá, que relatam um episódio da vida de "Balaão
filho de Beor" e descrevem uma de suas visões – indícios de que Balaão
existiu e viveu em Canaã, como afirma a Bíblia no livro de Números 22 a 24.
3 - Papiro de Ipwer – Oração sacerdotal escrito por um
egípcio chamado Ipwer, onde questiona o deus Horus sobre as desgraças que
ocorrem no Egito. As pragas mencionadas são: O rio Nilo se torna sangue;
escuridão cobrindo a terra; animais morrendo no pasto; entre outras, que
parecem fazer referência às pragas relatadas no livro de Êxodo.
4 - Tabletes de Ebla – Cerca de 14 mil tábuas de argila
foram encontradas no norte da Síria, em 1974. Datadas de 2.300 a 2.000 a.C.,
elas remontam à época dos patriarcas. Os tabletes descrevem a cultura, nomes de
cidades e pessoas (como Adão, Eva, Miguel, Israel, Noé) e o modo de vida
similar ao dos patriarcas descrito principalmente entre os capítulos 12 e 50 do
livro de Gênesis, indicando sua historicidade.
5 - Tijolo babilônico de
Nabucodonosor – O
achado arqueológico traz a seguinte inscrição em cuneiforme: "(eu sou)
Nabucodonosor, Rei de Babilônia. Provedor (do templo) de Ezagil e Ezida; filho
primogênito de Nabopolassar”. Vale notar que por muito tempo se afirmou que a
cidade da Babilônia era um mito – e muito mais lendário ainda seria o rei
Nabucodonosor.
6 - Estela de Merneptah – Coluna comemorativa, datada de
cerca de 1207 a.C., que descreve as conquistas militares do faraó Merneptah.
Israel é mencionado como um dos inimigos do Egito no período bíblico dos
juízes, provando que Israel já existia como nação neste tempo, o que até então
era negado pela maioria dos estudiosos. É a menção mais antiga do nome
"Israel" fora da Bíblia.
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