Juvenis - Currículo do Ano 1: O Adolescente e seus
relacionamentos
Lição 03: Pais & Filhos
Professoras
e professores, para esta lição, apresento as seguintes sugestões:
-
Para iniciar a aula, destinem pelo menos 05 minutos para manter um contato com
os alunos, antes de introduzir o tema da aula. Para isso, vocês devem perguntar
como eles passaram a semana; observem atentamente o que eles estão falando,
pois vocês podem detectar se há alguém precisando de oração, de uma conversa
etc. Apresentem os visitantes.
Vejam
também qual o melhor horário para vocês apresentarem os alunos aniversariantes
da semana, se houver.
Com
esta atitude, somada aquela do início da aula, vocês estão formando vínculos
afetivos com os alunos.
-
Falem que o tema da aula será sobre limites, normas, disciplina que deve haver
no relacionamento familiar.
-
Para iniciar o estudo do tema, utilizem a dinâmica “Regra não é brincadeira!”
-
Depois, trabalhem os pontos levantados na lição.
Observação:
1
– Indico a leitura do texto “Disciplina, limite na medida certa”(vejam postagem
abaixo), quando vocês estiverem preparando a aula.
2
– Sugiro, ainda, um encontro com os pais dos alunos para uma conversa sobre
disciplina, regras etc. Se desejarem podem utilizar o texto já citado ou outro
de sua preferência.
Tenham
uma excelente e produtiva aula!
Dinâmica: Regra não é brincadeira!
Objetivo:
Enfatizar a necessidade das regras.
Papel
e lápis
Procedimento:
-
Dividam a turma em dois grupos.
-
Orientem cada grupo para pensar numa brincadeira ou jogo de infância. As regras
deverão ser lembradas e explicadas para o outro grupo.
Estipulem
um tempo de no máximo 05 minutos.
-
Falem: Agora, cada grupo deverá expor para os colegas qual a brincadeira, as
regras e se possível fazer uma demonstração.
-
Depois, perguntem:
Havia
alguém que fugia das regras? Caso positivo, havia punição? Por quê?
Havia
também alguém que queria mudar as regras para ser favorecido, isto é, ganhar o
jogo ou a brincadeira? Qual a atitude do grupo com relação a isto?
-
Depois, falem que como nas brincadeiras e jogos, que há regras e punições,
também em todo lugar há necessidade de normas para que haja melhor convivência e
que nesta lição será estudado sobre os limites e regras no relacionamento
familiar, ou melhor, entre pais e filhos.
-
Depois, leiam Pv 29.15: “É bom
corrigir e disciplinar a criança. Quando todas as suas vontades são feitas, ela
acaba fazendo a sua mãe passar vergonha”. (NTLH).
Por
Sulamita Macedo
Indicação de
Leitura
Faço a indicação de leitura do
livro “Disciplina, Limite na Medida Certa”, mas também sugiro a leitura do texto com o mesmo título.
Disciplina, limite na medida certa
Içami Tiba
Há uma história que sempre desperta o interesse de
pais e educadores porque é ao mesmo tempo muito bem humorada e realista:
Dois meninos de cinco anos estão numa espaçosa área
de lazer. Não há brinquedos por perto. Um deles é magro e alto. O outro é gordo
e baixo. Naturalmente, resolvem brincar.
O magro propõe:
-É pega- pega, e você é o pegador!
E já sai em tal disparada que o gordo, com seus passos
lentos e pesados, tem dificuldades de acompanhar. Quando este percebe a
distância entre os dois aumentando cada vez mais, toma consciência de que não
conseguirá alcançar o outro tão cedo. Então para, estica o braço e, apontando
com o indicador, grita:
- Aí não vale!
O magro imediatamente para, mesmo sabendo que não
tinha sido combinado que ali não valeria.
Nesse momento da palestra, pergunto ao público:
- Por que o magro parou?
Percebo que cada um busca dentro de si uma boa
resposta. Para facilitar, eu mesmo respondo:
- Para continuar brincando! Se o magro continuar
correndo, a brincadeira acaba, não é?
O magro volta até o gordo c om os ombros meio caídos,
pois sabe que agora é a vez daquele propor outra brincadeira. O gordo, vendo o
magro bem próximo, diz:
- É luta livre!
E já avança no magro, dá- lhe uma “gravata”,
derruba-o e aperta o pescoço do menino, que, à beira do desmaio, dá umas
palmadinhas no braço do gordo em sinal de que está se rendendo.
Nesse momento, pergunto de novo ao público:
- Por que o gordo para de enforcar o magro?
- Para continuar a brincadeira!, responde o público.
E eu arremato:
- E também porque com morto não se brinca!
Após a gargalhada geral, volto ao tema: as crianças
sabem, intuitivamente, que a brincadeira é um tipo de relacionamento em que um
depende do outro. Para continuar a brincar é necessário que aceitem, nessa
experiência de sociedade que elas mesmas criaram uma série de regras:
Se as crianças aceitam os limites intrínsecos à
convivência em uma brincadeira, é porque sabem que não podem brincar fazendo
tudo o que têm vontade. Precisam aceitar uma composição, uma sociedade com o
outro.
As crianças aprendem a comportar- se em sociedade
ao conviver c om outras pessoas, principalmente com os próprios pais. A maioria
dos comportamentos infantis é aprendida por meio de imitação, da experimentação
e da invenção.
Quando os pais permitem que os filhos, por menores
que sejam, façam tudo o que desejam, não estão lhes ensinando noções do que
podem ou não podem fazer. Os pais usam diversos argumentos para isso: “eles não
sabem o que estão fazendo”; “são muito pequenos para aprender”; “vamos ensinar
quando forem maiores”; “sabemos que não devemos deixar... mas é tão engraçadinho”
etc .
É preciso lembrar que uma criança, quando faz algo
pela primeira vez, sempre olha em volta para ver se agradou alguém. Se agradou,
repete o comportamento, pois entende que agrado é aprovação, e ela não tem
condições de avaliar a adequação do seu gesto.
Portanto, cada vez que os pais aceitam uma contrariedade,
um desrespeito e uma quebra de limites estão fazendo com que seus filhos não compreendam,
e rompam o limite natural para seu comportamento em família e em sociedade. Deixar
que as situações transcorram sem uma intervenção clara é como se, na
brincadeira entre o gordo e o magro, o filho, mesmo ouvindo “aí não vale!” ,
continuasse correndo; ou como se os pais pedissem para o filho parar, mas este
continuasse a enforcá-los. Apesar de ser fisicamente mais fortes, os pais que
não reagem à quebra de limites dos filhos acabam permitindo que estes, muito
mais fracos, os maltratem, invertendo a ordem natural de que o mais fraco deve
respeitar o mais forte.
2 comentários:
A Paz do Senhor...,gostaria de parabenizá-la pelo blog. eu sou prof de EBD. E além da minha revista gosto de ter outras referências e amei conhecer o seu blog juntamente com o site. Deus continue t abençoando.
Anônimo, muito obrigada por suas palavras, elas me encorajam a continuar este trabalho.
Volte sempre!
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