Lição 02: Fazendo a diferença
Professoras
e professores, para esta lição, apresento as seguintes sugestões:
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Para iniciar a aula, destinem pelo menos 05 minutos para manter um contato com
os alunos, antes de introduzir o tema da aula. Para isso, vocês devem perguntar
como eles passaram a semana; observem atentamente o que eles estão falando,
pois vocês podem detectar se há alguém precisando de oração, de uma conversa
etc. Apresentem os visitantes.
Vejam
também qual o melhor horário para vocês apresentarem os alunos aniversariantes
da semana, se houver.
Com
esta atitude, somada aquela do início da aula, vocês estão formando vínculos
afetivos com os alunos.
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Falem do tema da aula: Indiferença, discriminação, falta de respeito.
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Iniciem o estudo, utilizando a dinâmica “Discriminação,
não!”
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Depois trabalhem o conteúdo da lição, de forma mais específica para os alunos,
contextualizando a vivência deles. Deixem que eles falem se já sofreram ou
estão sofrendo algum tipo de discriminação na escola, na Igreja ou em outros
lugares.
Lembrem
aos alunos que se porventura estão sendo discriminados, os pais precisam ter conhecimento,
além dos professores e outras pessoas que eles têm confiança, para que sejam
tomadas as devidas providências.
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Sugiro a leitura do texto sobre
Bullying, no momento da preparação da aula. Vejam a postagem abaixo da
dinâmica.
Tenham
uma excelente e produtiva aula!
Dinâmica: Discriminação, não!
Objetivo:
Exemplificar que atos de discriminação devem ser combatidos e denunciados.
Material:
¼
da folha de papel ofício e caneta para cada aluno.
Procedimento:
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Organizem os alunos em círculo.
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Distribuam ¼ da folha de papel ofício.
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Solicitem para que cada aluno escreva o que ele deseja que seu colega do lado
esquerdo realize, naquele momento da aula. Normalmente as ações são engraçadas
e até “micos”.
Veja
um exemplo: Maria deve fazer tal coisa. João( nome da pessoa que está
escrevendo).
Orientem
que o colega não pode ver o que o aluno está escrevendo.
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Recolham todos os papéis.
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Agora, falem: A regra da brincadeira está mudada, o “feitiço virou contra o
feiticeiro”. Quem vai realizar a tarefa é a pessoa que escreveu e não o colega
para quem você desejou.
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Então, os alunos deverão realizar as tarefas.
Certamente,
haverá um pouco de rejeição ou vergonha, mas encorajem os alunos.
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Depois, falem: Esta é a finalidade da brincadeira: não desejar aos outros ou
fazer algo com os outros, que você não gostaria para você.
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Então, comecem a trabalhar os temas da indiferença, discriminação, Bullying,
falta de respeito.
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Falem: Comece por você, não discriminando ninguém. Faça a diferença!
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Para concluir, leiam:
“E,
como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira lhes fazei vós
também” Lc 6.31
Ou
se preferir a versão NTLH: “Façam aos outros a mesma coisa que querem que eles
façam a vocês”.
Ideia
original desta técnica desconhecida
Esta
versão da dinâmica por Sulamita Macedo.
Indicação de Leitura
Leiam este texto sobre Bullying, no momento da
preparação da aula:
Bullying é um termo da língua inglesa (bully =
“valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou
físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são
exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de
intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se
defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.
O bullying se divide em duas categorias: a)
bullying direto, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos e b)
bullying indireto, sendo essa a forma mais comum entre mulheres e crianças,
tendo como característica o isolamento social da vítima. Em geral, a vítima
teme o(a) agressor(a) em razão das ameaças ou mesmo a concretização da
violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência.
O bullying é um problema mundial, podendo ocorrer
em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas interajam, tais como
escola, faculdade/universidade, família, mas pode ocorrer também no local de
trabalho e entre vizinhos. Há uma tendência de as escolas não admitirem a
ocorrência do bullying entre seus alunos; ou desconhecem o problema ou se negam
a enfrentá-lo. Esse tipo de agressão geralmente ocorre em áreas onde a presença
ou supervisão de pessoas adultas é mínima ou inexistente. Estão inclusos no
bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas.
As pessoas que testemunham o bullying, na grande
maioria, alunos, convivem com a violência e se silenciam em razão de temerem se
tornar as “próximas vítimas” do agressor. No espaço escolar, quando não ocorre
uma efetiva intervenção contra o bullying, o ambiente fica contaminado e os
alunos, sem exceção, são afetados negativamente, experimentando sentimentos de
medo e ansiedade.
As crianças ou adolescentes que sofrem bullying
podem se tornar adultos com sentimentos negativos e baixa autoestima. Tendem a
adquirir sérios problemas de relacionamento, podendo, inclusive, contrair
comportamento agressivo. Em casos extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio.
O(s) autor(es) das agressões geralmente são pessoas
que têm pouca empatia, pertencentes à famílias desestruturadas, em que o
relacionamento afetivo entre seus membros tende a ser escasso ou precário. Por
outro lado, o alvo dos agressores geralmente são pessoas pouco sociáveis, com
baixa capacidade de reação ou de fazer cessar os atos prejudiciais contra si e
possuem forte sentimento de insegurança, o que os impede de solicitar ajuda.
No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com
alunos de escolas públicas e particulares revelou que as humilhações típicas do
bullying são comuns em alunos da 5ª e 6ª séries. As três cidades brasileiras
com maior incidência dessa prática são: Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.
Os atos de bullying ferem princípios constitucionais
– respeito à dignidade da pessoa humana – e ferem o Código Civil, que determina
que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar. O
responsável pelo ato de bullying pode também ser enquadrado no Código de Defesa
do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e
são responsáveis por atos de bullying que ocorram dentro do estabelecimento de
ensino/trabalho.
Orson Camargo
Colaborador
Brasil Escola, Graduado em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e
Política de São Paulo – FESPSP, Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual
de Campinas - UNICAMP
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